domingo, 31 de julho de 2011

Tão próximo, mas impossível de se ver.....

No último dia 22 de julho estive no Parque Nacional do Itatiaia. Fui por Itamonte, uma cidade em Minas Gerais com no máximo 15.000 habitantes. A estrada que vai até o parque fica uns 15 kms da cidade por uma serrinha que segue na direção Rio de Janeiro via Dutra. O turismo da cidade é mais de aventura mesmo, pois, embora esteja na rota da Estrada Real, não possui patrimônios históricos como em outras cidades famosas.

É necessário rodar mais uns oito kms em estrada de terra para chegar na portaria do parque. O primeiro trecho está conservado, mas o segundo tem bastante cascalhos grandes e com um carro convencional é preciso ir bem devagar......devagar mesmo! A entrada no parque custa 11 reais, e se você notificar que voltará no dia seguinte, você pode comprar na mesma hora o segundo ingresso por cinco reais. Mas, só se você fizer isso no primeiro dia, porque se retornar no dia seguinte sem ter a entrada antecipada paga, vai pagar os 11 reais!
Há uma estrada principal que leva para as diferentes trilhas que tem nesse núcleo, que é o posto avançado Agulhas Negras. Como não tenho prática, e não sei se coragem para escaladas simples, optamos em ir para as Prateleiras, até porque o tempo estava muito fechado. Fazia muito frio!!! Como a melhor época para conhecer a região é no outono/inverno é sempre bom levar roupas para esse tipo de local como luvas, corta vento, segunda pele, etc.



Ao sair da estrada principal, a trilha que leva para as Prateleiras é uma típica trilha de montanha, bem aberta e com trechos que é preciso passar por pequenas formações rochosas. Mesmo com a temperatura baixa é possível ouvir e avistar alguns passáros de pequeno porte comuns na região. Segundo o guia (Jonatas) é comum também encontrar um sapinho vermelho e preto que tem no parque e em toda região, no que diz respeito as áreas mais elevadas. Antes de chegar no trecho que dá acesso as Prateleiras, há uma pequena gruta que em dias como este serve para um descanso e um lanche.
Até a base das Prateleiras gastamos por volta de duas horas e segundo o guia seria mais meia hora para subir no ponto mais alto delas. Infelizmente, devido a pouca visibilidade, não foi possível fazer essa segunda parte. Estava muito encoberto mesmo! Para se ter uma ideia, não deu para ver o Pico das Agulhas Negras, que é quinto ponto mais alto do país!! Porém, não deixa de ser uma experiência interessante, estar próximo a pontos elevados e não conseguir avistá-los. Só foi possível ter uma noção do que são as Prateleiras quando estava retornando, pois de vez em quando havia um ponto de claridade entre as nuvens. O parque é bonito e com boa infra-estrutura que faz jus a sua fama. Independente da trilha que pretenda fazer por lá, vale a visita pela questão histórica do parque, uma vez que foi o primeiro parque nacional no Brasil. Entendo como um incentivo a políticas de conservação de áreas como estas. Apenas fazendo um parênteses; viajei alguns quilômetros pela região, via Estrada Real, e confesso que o relevo é magnífico, porém, muito da cobertura vegetal original foi retirada o que deixa uma paisagem, por vezes, monótona.

Ir até esses lugares e ter que voltar devido ao tempo é natural e faz parte. Como já feito em outro registro aqui, isso acontece e pode estimular um retorno de modo que acabamos tendo uma nova experiência num mesmo lugar. Assim, pretendo, se possível em breve, trazer um novo registro desse mesmo parque aqui para vocês.


Um abraço!!!

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