sábado, 29 de junho de 2013

Antes tarde do que mais tarde...

Primeiramente queria dizer porque escolhi esse título. Esse post está sendo protelado há uns 3 meses, uma vez que essa trilha foi feita em um final de semana de março.
Mas, vamos ao que interessa.
Depois de algum tempo retornei ao Parque da Serra do Mar, mais especificamente ao Núcleo Santa Virgínia. Conhecido como o mais estruturado do parque, a entrada do referido núcleo se localiza a alguns metros antes do início da Serra de Taubaté no sentido Ubatuba.

Realmente seria tudo de bom se todos os parques do país tivessem tal estrutura com vestiários para visitantes e uma base de apoio com alojamentos, cozinha e salas de reuniões para equipes de pesquisa bem montados.
A trilha que fizemos é a Pirapitinga com 5,6 km de extensão. Essa trilha mistura trechos bem conservados com outros em regeneração, pontos com declives e proximidade a rios. Não é a toa que o nome dado a trilha seja referente a um peixe encontrado na região...
O início da trilha, próximo a sede do núcleo, possui um pequeno trecho de mata mais aberto decorrente das antigas instalações da fazenda no qual pertencia boa parte da área do núcleo. Por conta disso o trajeto é de fácil acesso. Após o primeiro quilometro de caminhada, a trilha é margeada por um pequeno trecho do rio Paraibuna onde é possível fazer uma pequena parada para apreciar a beleza local, uma vez que a vegetação já apresenta o perfil característico da Mata Atlântica de serra.

Porém, o melhor local para descanso fica mais adiante com uma hora e quarenta de caminhada. Nesse trajeto o terreno fica um pouco mais sinuoso e com subidas e descidas. Mas vale a pena, pois esse principal ponto de descanso é muito legal seja para comer, nadar, fotografar e até dar uma cochilada, porque não! Essa diversidade de opção deve-se a uma grande e bela formação rochosa cortada pelo rio com diversas ranhuras moldadas pela água ao longo dos anos.

Vale a pena dispender meia hora ou quarenta minutos no lugar!!!
A trilha continua muito parecida com o trecho que antecede a chegada na principal área de descanso. A conservação do  local pode ser facilmente identificada pela densidade da mata e a presença de animais. Para além das aves que sempre é possível encontrá-las, ou pelo menos de ouvi-las, tivemos a sorte de deparar com uma pequena cobra e sapos durante o percurso. 
                                

A trilha termina na parte de baixo da sede do núcleo que pode ser facilmente identificado pelos pontos em regeneração na borda da mata, assim como o solo com gramas similar a parte inicial. Vale destacar que não é preciso ir e voltar pelo mesmo caminho, o que, a meu ver, sempre é mais legal ao fazer trilhas. Para quem está acostumado é uma trilha tranquila e gostosa. Embora no verão as chuvas são frequentes na região, acredito que um banho de rio no ponto principal de descanso deve valer muito a pena.
No dia seguinte tínhamos agendado outra trilha em outra entrada do núcleo. Porém, a chuva inviabilizou o passeio de forma que tivemos que abortá-lo... Mas ficou em aberto o retorno para a região devido aos contatos que fizemos.

Ta aí mais uma dica e até a próxima trilha!