domingo, 31 de julho de 2011

Uma alternativa para um lugar já consagrado!!!

Olá.

Como podem ver temos uma sequência de postagens!!!
Digamos que será uma postagem excepcional por não ser um parque. Mas, é uma área de proteção ambiental que segundo as fontes foi preservada em função das espécies de libélulas que habitam-na. Além disso, fica em uma região turística importante e com um tipo de trajeto inédito para mim.
A trilha se chama Mirantes da Serra, em Tiradentes. É uma pequena travessia na Serra de São José com duração de cinco a seis horas, dependendo do grupo, com 13 kms, aproximadamente. Ao olhar da cidade tive a impressão que nesse espaço de tempo não seria possível fazer esse trajeto.........mas, o barato está aí, né? E é por isso que fiz questão de fazer esse registro. Ou melhor, esse foi um dos motivos. Outro foi por ao longo do percurso ser possível passar por diferentes, e bem destacados, tipos de ecossistemas. A trilha, ao sair da área urbana, inicia em área de Mata Atlântica de encosta. Obviamente, pela proximidade com a cidade, encontra-se alterada, com um trecho ou outro preservado. Nesse ponto o destaque fica para a calçada dos escravos, que é uma parte composta por uma estrada de pedra feita pelos escravos no período colonial. Assim, a caminhada é facilitada, porém, interessante de se conhecer. Ao final do calçamento você chega no Campo Rupestre, que é quando inicia a caminhada no platô da serra. Sou suspeito quando se trata de Campos Rupestres. Adoro!! Acho que é a melhor vegetação para se caminhar, fotografar e observar. Tem uma diversidade apreciável e que permite que você veja a profundidade/horizonte do ambiente, além de sempre estar associado as matas ciliares e campos de altitude.....sem dizer nas diversas formações rochosas.......prefiro que as fotos mostrem o que tento dizer!!!

Como estamos no alto da serra é possível ver Tiradentes e outras serras de lá, como as serras de Carrancas e de Ibitipoca!!! Obviamente que, se o tempo permitir, qualquer um desses pontos de observação é um ótimo local para o lanche, ou para apenas ficar refletindo e olhando para o horizonte.......
A trilha segue para a outra encosta do serra, onde fica a vegetação Campos de Serra. Bem mais homogênea que os outros trechos, o ritmo nessa parte fica um pouquinho mais rápido. No nosso caso, em especial, porque é um trecho onde há menos interpretação de ambiente, uma vez que nosso guia procurava fazer com certa frequência esse exercício. Aliás, por coincidência, já conhecia o nosso guia (Juliano), ao fazer uma viagem para Carrancas em 2004. De guias locais (aqueles que nascem na região e buscam esse tipo de trabalho), ele é um dos que mais procura fazer intrepertações de trilha!!!
A parte dos Campos termina em um vale muito bonito que nos leva a uma cachoeira e uma piscina natural que eles chamam de Manguezal. Sinceramente, não sei o porque desse nome. Eles também não souberam me dizer........Mas, para um dia quente, é um ótimo local para banhos.

Daí em diante o trajeto é feito margeando áreas particulares em meio a mata ciliar já bastante alterada. Ao chegar em outra parte da cidade e olhar para trás, fica a impressão que as seis horas foram rápidas demais para conseguir atravessar a serra que se impõe ao fundo.


Se um dia passar em Tirandetes, mais do que visitar igrejas e prédios históricos, você tem essa opção muito agradável, por sinal. A cidade é previlegiada por sua história, mas também por um belo entorno natural parcialmente preservado.


Um abraço à todos.

Tão próximo, mas impossível de se ver.....

No último dia 22 de julho estive no Parque Nacional do Itatiaia. Fui por Itamonte, uma cidade em Minas Gerais com no máximo 15.000 habitantes. A estrada que vai até o parque fica uns 15 kms da cidade por uma serrinha que segue na direção Rio de Janeiro via Dutra. O turismo da cidade é mais de aventura mesmo, pois, embora esteja na rota da Estrada Real, não possui patrimônios históricos como em outras cidades famosas.

É necessário rodar mais uns oito kms em estrada de terra para chegar na portaria do parque. O primeiro trecho está conservado, mas o segundo tem bastante cascalhos grandes e com um carro convencional é preciso ir bem devagar......devagar mesmo! A entrada no parque custa 11 reais, e se você notificar que voltará no dia seguinte, você pode comprar na mesma hora o segundo ingresso por cinco reais. Mas, só se você fizer isso no primeiro dia, porque se retornar no dia seguinte sem ter a entrada antecipada paga, vai pagar os 11 reais!
Há uma estrada principal que leva para as diferentes trilhas que tem nesse núcleo, que é o posto avançado Agulhas Negras. Como não tenho prática, e não sei se coragem para escaladas simples, optamos em ir para as Prateleiras, até porque o tempo estava muito fechado. Fazia muito frio!!! Como a melhor época para conhecer a região é no outono/inverno é sempre bom levar roupas para esse tipo de local como luvas, corta vento, segunda pele, etc.



Ao sair da estrada principal, a trilha que leva para as Prateleiras é uma típica trilha de montanha, bem aberta e com trechos que é preciso passar por pequenas formações rochosas. Mesmo com a temperatura baixa é possível ouvir e avistar alguns passáros de pequeno porte comuns na região. Segundo o guia (Jonatas) é comum também encontrar um sapinho vermelho e preto que tem no parque e em toda região, no que diz respeito as áreas mais elevadas. Antes de chegar no trecho que dá acesso as Prateleiras, há uma pequena gruta que em dias como este serve para um descanso e um lanche.
Até a base das Prateleiras gastamos por volta de duas horas e segundo o guia seria mais meia hora para subir no ponto mais alto delas. Infelizmente, devido a pouca visibilidade, não foi possível fazer essa segunda parte. Estava muito encoberto mesmo! Para se ter uma ideia, não deu para ver o Pico das Agulhas Negras, que é quinto ponto mais alto do país!! Porém, não deixa de ser uma experiência interessante, estar próximo a pontos elevados e não conseguir avistá-los. Só foi possível ter uma noção do que são as Prateleiras quando estava retornando, pois de vez em quando havia um ponto de claridade entre as nuvens. O parque é bonito e com boa infra-estrutura que faz jus a sua fama. Independente da trilha que pretenda fazer por lá, vale a visita pela questão histórica do parque, uma vez que foi o primeiro parque nacional no Brasil. Entendo como um incentivo a políticas de conservação de áreas como estas. Apenas fazendo um parênteses; viajei alguns quilômetros pela região, via Estrada Real, e confesso que o relevo é magnífico, porém, muito da cobertura vegetal original foi retirada o que deixa uma paisagem, por vezes, monótona.

Ir até esses lugares e ter que voltar devido ao tempo é natural e faz parte. Como já feito em outro registro aqui, isso acontece e pode estimular um retorno de modo que acabamos tendo uma nova experiência num mesmo lugar. Assim, pretendo, se possível em breve, trazer um novo registro desse mesmo parque aqui para vocês.


Um abraço!!!

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Mais do mesmo......

Olá à todos.

Me desculpem o hiato........as vezes é necessário a tempestade passar para ver o sol brilhar!

O título recebeu esse nome, porque essa postagem retoma ao mesmo local da última saída. Porém, dessa vez com muito sol e pessoas nas trilhas.
No dia 22 de abril retornamos ao Complexo do Baú em São Bento do Sapucaí. Como o feriado tinha um tempo muito bom, o local estava cheio, mas cheio mesmo, principalmente no Bauzinho. Como alguns não o conheciam, demos uma passada para tirar fotos e também caminhar um pouco. Até porque na minha visita anterior dava para avistar muito pouco de lá de cima.
Decidimos ir até a Ana Chata. Levamos em torno de uma hora e meia para chegar, parando de vez em quando para beber água e tomar um folego. A trilha é autoguiada, sendo a maioria do percurso em mata, mas bem demarcada. É preciso passar por uma gruta no trecho final da trilha. Como tem muita visita no complexo, nos trechos mais complicados há estruturas que facilitam o trajeto, como escadas, cabos e etc, como o caso da gruta. Depois é preciso subir por um pequeno trecho, já nas rochas, para chegar no topo, ou melhor em um dos topos possíveis. Não é necessário prática e nem equipamentos. Acessemos o lado esquerdo de quem sobe, o direito é mais alto e tem um caminho um pouquinho maior. A vista é maravilhosa e vale a pena subir lá para apenas matar o tempo e observar o que acontece nos outros pontos, no caso o Baú e Bauzinho.



Se estiver de boa em um fim de semana e quiser subir na montanha para relaxar é uma boa pedida. Perto e acessível, claro, se não estiver chovendo, rs. O próximo desafio é subir no Baú pelas escadas.


Abraços, à todos.




sexta-feira, 25 de março de 2011

Quando tudo parece estar perdido....

Olá à todos.

Bem, não poderia deixar o carnaval passar sem nenhum registro. Primeiro gostaria de me desculpar em demorar para postar algo do carnaval, mas estive muito ocupado......Mas, como aqui não é para falar de trabalho, vamos lá!!!

Nada de uma viagem para um parque, mas a quarta-feira de cinzas proporcionou tantas emoções quanto uma viagem longa........sem fazer nenhum trocadilho com o enredo da escola de samba campeã do Rio de Janeiro.

O bate volta foi na Pedra do Baú em São Bento do Sapucaí. Mais uma vez nada de trocadilhos carnavalescos!!! Bem, o título desse post diz tudo e logo de cara passamos a saída de São José dos Campos que liga a estrada até o sul de Minas, o que nos proporcionou pelo menos uns 40 minutos a mais de viagem. Não tem sinalização na Dutra, você tem que pegar a saída 147 sentido Rio e seguir as placas sentido Monteiro Lobato, São Francisco Xavier e sul de Minas. É um caminho gostoso e de Monteiro Lobato para São Bento a estrada tem trechos ruins.

A cidade é bem aconchegante e pequena. Para o complexo do Baú é só seguir as placas e pegar uma serrinha de mais de 20 km. É um passeio gostoso e já é possível ver o complexo no caminho. Essa estrada vai sentido Campos do Jordão e no final da serra tem o acesso ao complexo do Baú. Bem, de cara vimos que a coisa não estava boa. Havia muita lama, mas fomos mesmo assim. Após a primeira subida tinha uma faixa informando dos riscos de atolamento. Mas, como estávamos nela resolvemos seguir e na primeira descida o carro patinou. Andamos mais um pouco e decidimos retornar enquanto era tempo.... No final da subida, a mesma em que derrapamos, o carro patinou e ficou. Para piorar começou a chover. Não passava ninguém e quando já era certa nossa caminhada até a estrada apareceu um cara de moto. Trocamos uma ideia do que fazer e como ele tinha desistido de ir até onde precisava resolveu nos ajudar. Foi nossa salvação, porque ele deu vários toques de como sair com o carro. No final ele e o Zetti (amigo que foi junto) conseguiram empurrar o carro.........ufa!!!

Até aí já estava retornando sentido à cidade, mas pensamos e achamos que deveríamos ir a pé mesmo, já que era apenas 4 km. Deixamos o carro num recuo que tem na estrada e seguimos atolando os pés na lama. Depois de uma hora e meia de caminhada, chegamos em uma propriedade que tem um restaurante chamado Santo Bento. Estava tudo fechado, assim como a casa próxima a ele. Até aí tudo bem, mas da varanda da casa apareceram dois rotweillers. Um deles começou a latir e veio correndo em nossa direção...........merda!!! Tivemos que retornar. Paramos numa propriedade vizinha para perguntar se isso era comum e as crianças disseram que sim........... Só nos restava voltar....... O desanimo bateu!!! Porém, depois de uns 20 minutos de caminhada uma Hilux veio em nossa direção. Eles pararam para perguntar como estava o resto da estrada. Dissemos que o pior já tinha passado. Aproveitamos para perguntar se eles iam para a pedra, falamos da nossa situação e pedimos uma carona. Subimos na caçamba e passamos por aquela propriedade com vontade apedrejar os cachorros, um deles, veio para cima do carro..... Era um casal gente fina: Eugenio e Marcela. Ela é Chilena e estavam passando o carnaval em Campos e decidiram ir até lá porque a quarta-feira foi o dia mais limpo do feriado.

Fomos até o Bauzinho. Do estacionamento até lá em 10 minutos é possível chegar. A vista é bela e apesar das dificuldades valeu a pena ter mantido a meta, rsrs. Tivemos que ficar pouco por causa do tempo e já passava das quatro horas.

Bem, mas a aventura não tinha terminado. Mesmo sendo um 4x4 a Hilux teve momentos difíceis e em um deles, numa subida, o Eugenio teve que brecar por causa de uma vaca, aí a caminhonete patinou e ficou na calha da estrada. Colocamos madeiras nas rodas, mas o carro não subia para o meio da estrada. Mais uma vez fomos salvo por um motociclista. O pessoal lá já sabe o que fazer nessas situações. Tivemos que empurrar o carro de lado para ele voltar para a estrada e sempre acelerando...........

O Eugenio e a Marcela nos deixou na estrada e no fim das contas foi bom para eles terem nos dado carona porque ajudamos a empurrar a caminhonete. O lugar é bonito e vale a pena voltar para subir na Pedra do Baú um dia quando o tempo estiver bom. Mas, apesar de tudo valeu a pena passar por essa experiência e ver que nem sempre tudo está perdido nesses passeios e o mais importante é estar com alguém ou pelo menos saberem onde você está. Aproveitando, fica a dica do filme 127 horas!!! Outra coisa que queria ressaltar é sobre a importância de transformar esses lugares em Unidade de Conservação, o que pode ajudar muito nas informações sobre como ir, acesso, segurança e até evitar por menores como cachorros que atacam turistas.

É isso, abraços e até a próxima!!!!

sábado, 8 de janeiro de 2011

Adeus ano velho, feliz parque novo!!!!

Feliz 2011 para todo mundo!!!

Nada mais tranquilho que passar o fim de ano com amigos em meio a natureza. Gosto muito de praia, mas, nessa época é um lugar que perde seu encanto......... Por isso fui conhecer o Parque Estadual Carlos Botelho. Parte do contínuo ecológico de Paranapiacaba, formado também pelos Parques: Intervales e PETAR e estações ecológicas, a região é conhecida por ser uma das mais preservadas do pouco que resta da Mata Atlântica. O parque é grande e possui dois núcleos .Um em São Miguel Arcanjo onde fica a sede e a outra em Sete Barras. Tivemos a oportunidade de conhecer um pouquinho dos dois locais. Há várias opções de trilhas por lá. No entanto, existe um problema, do nosso ponto de vista, quanto ao serviço de monitoria prestado. Tem poucas trilhas auto-guiadas e as pagas são cobradas por pessoa e não por grupo. Mas, a questão é o valor cobrado. Uma trilha pequena de 2 km, ida e volta, sai 10,00 por pessoa!!! E tem trilha que pode ser facilmente auto-guiada, por ser pequena e bem aberta, mas, que é cobrado o serviço. Reclamamos com um funcionário do parque e essa semana uma amiga fez queixa na Secretaria do Meio Ambiente do Estado. Esse é ainda um sério problema a ser resolvido. Parece que nos parques federais existe mais clareza nesses serviços, pois nos estaduais cada um faz o que dá..............
No primeiro dia fizemos a trilha do Rio Taquaral que tem 1,2km e é auto-guiada. O trajeto margeia o referido rio onde no final tem uma pequena prainha para banho. O entorno é muito preservado e durante o percurso é possível avistar animais o que indica a conservação local. Um amigo conseguiu identificar mais de 20 espécies de aves, avistamos também, teiu e um pequeno grupo de macaco prego da espécie Cebus nigritus. Na volta descemos a trilha da bica que também margeia o mesmo rio, porém, é necessário descer pelo trecho alto da trilha anterior. Ela é bem tranquilha e acessível a todos, por isso tem corrimão de segurança. Na verdade é possível chegar até a bica de carro pela estrada de terra que corta o parque até o núcleo sete barras, por isso é fácil encontrar bastante pessoas nadando e até fazendo churrasco por lá........ Essa estrada ainda pertence ao serviço de rodovia do estado, mas, de acordo com os funcionários a intenção é de que futuramente seja uma estrada do parque. E foi por ela que fomos no dia seguinte ao núcleo Sete Barras. São 33km de terra que corta a serra dentro do parque com alguns mirantes onde pode-se ver o Vale do Ribeira. Nesse núcleo fizemos a trilha da figueira e foi lá que ficamos mais incomodados com a questão das taxas. Quero deixar bem claro que não sou contra monitorias, pelo contrário, já fui monitor e sei da importância delas não só por segurança, informações gerais e principalmente para garantir a conservação quando se trata de unidades de conservação. Defendo uma política mais clara e que não fique a cargo de ongs ou associações apenas, mas que o gerenciamento passe também pelo setor público e que haja um discurso comum em todas as unidades, pelos menos do estado. No entanto, sabemos como o setor público age quando se trata de serviços voltados à educação e divulgação............... Digressões a parte, a trilha é uma antiga estrada usada pelo serviço de energia do estado, por isso é bem larga e de fácil acesso. A figueira no final dela é muito bonita e segundo o que dizem tem por volta de 1000 anos. Nossa vontade era de fazer passeios mais longos, mas os valores e agendamentos para trilhas maiores não permitiram. Outro fator foi que o local onde nos hospedamos possibilitava caminhadas nos limites do parque com as fazendas onde é possível avistar muitos animais. Na verdade todo o parque é muito preservado e vale a pena agendar uma das trilhas longas!!!
Essa é a primeira dica desse ano e se quiser conhecer lá se organize para as trilhas que são agendas e também se prepare para o serviço cobrado.

Até mais!!!!