Na semana passada tive a oportunidade de ser monitor em uma disciplina oferecida pela Faculdade de Educação da Usp no qual me possibilitou trazer mais informes sobre trilhas para o blog.
Na terça-feira dia 05/07 o grupo que acompanhava fez suas atividades no Parque Estadual Serra do Mar - Núcleo Picinguaba. Foi minha primeira vez nesse núcleo que tem como diferencial ser o único trecho desse parque que preserva desde a mata de encosta até a praia. Dessa forma é possível observar os diferentes ambientes da Mata Atlântica sem impactos causados pela urbanização. De cara, recomendo a todos tirar um dia para visitar a sede do parque e pelo menos passar um tempo na praia e ir até o canal, a esquerda de quem está de frente para o mar. Esse canal é formado pelos rios Picinguaba e Fazenda, e foi no segundo que fizemos um passeio de barco (sem motor, remo mesmo!!) com o intuito de observar as formações da restinga e do mangue. Foi uma subida de mais ou menos uma hora e meia com paradas para entrar no mangue, que estava bem firme, e obviamente tirar fotos. A sensação de envolvimento com o entorno era absoluta!! Um rio limpo onde é possível ver animais se deslocando no seu fundo, aves sobrevoando a vegetação, o som do mar e no horizonte uns dos pico mais alto do núcleo, o Cuscuzeiro...........
Já na sede novamente nos deslocamos (de ônibus) para um outro setor do núcleo para conhecer um remanescente de comunidade quilombola e também para fazer uma trilha. Aliás, esse núcleo diferencia-se também dos demais por ter comunidades, caiçara, quilombola e indígena, morando nele decorrente da não identificação das mesmas quando o parque foi delimitado. Na comunidade quilombola conhecemos um engenho de farinha de mandioca, usado pelas famílias que ali vivem, que ainda utiliza tecnologia do Brasil Império. Ver, ouvir e respirar naquele lugar e deixar sua imaginação fluir é capaz voltarmos no tempo!! E é dali que inicia a trilha do Corisco que tem 40 Km de ida e volta, chega até Parati por essa trilha, imaginem!! Claro que não era esse nosso objetivo. Fizemos um pequeno trecho que vai até um pé de jatobá grande, que é usado como referência na trilha pelos guias. O trecho é bem fácil de fazer e não demora mais do que 40 minutos. Na volta paramos para dar um mergulho no rio, o mesmo que é represado para mover o moinho da casa de farinha, que tem uma pequena piscina em meio a grandes rochas. Vale registrar o quão conservada é a mata!! O tempo todo estávamos "cercados" por pássaros cantando, mas pela densidade da mata era difícil conseguir identificá-los.
Na quinta-feira 07/07 o meu grupo se dirigiu para o Parque da Ilha Anchieta. Como na visita feita na terça-feira o interesse de conhecer esse parque é entender como ele se configura para além da sua beleza natural, mas também da história que o lugar guarda. Todo lugar tem sua história, não sendo diferente nesses locais, assim mais do que curtir um dia na natureza sempre é importante sabermos os motivos que levaram a sua preservação. Exercitar isso também é uma maneira de preservá-los!!! De escuna, saindo do Saco do Ribeira, leva uns 40 minutos. Como é um trecho de praias protegidas o passeio é agradável e muito bonito. Chegando na ilha foi feita uma atividade na trilha da Praia do Engenho, que recebe esse nome por na época da ocupação da ilha haver um engenho próximo a ela. É uma praia bem pequena e sua trilha de acesso é de uso intensivo dando para faze-la no máximo em 20 minutos. O destino seguinte foi a trilha da praia do Sul. O trajeto inicial é plano e de fácil acesso, que na verdade é a trilha que leva a pequenina praia das Palmas. Terminado esse trecho começa o de subida que não é muito íngrime, e antes da descida para a praia tem uma parte mais plana. Antes de iniciar a descida, a nossa esquerda, tem o acesso ao mirante, que é um deque de frente para a baía. O meu grupo fez essa passagem na volta, no fim da tarde. O por do sol de lá deve ser especial....... Em menos de uma hora dá para chegar na Praia do Sul, que é pequena como todas na ilha, e de tombo, porém sem aquelas fortes ondas das praias abertas o que nos oferece um ótimo lugar para mergulhar. Aqueles que possuem equipamento de mergulho livre o local é perfeito, pois mesmo sem os acessórios podemos ver peixes próximos ao costão rochoso. A ilha já fora habitada e por anos abrigou um presídio, assim histórias é o que não faltam e se você pegar um guia legal poderá ouvir várias. Na verdade a todo instante percebemos vestígios de sua ocupação tanto de antigas moradias e locais de plantio quanto nos animais provavelmente introduzidos que não se incomodam com a nossa presença. Não será difícil ver saguis, quatis, que tentam filar nossa comida, e tatus da sede do parque até as praias, onde também é possível ver tartarugas. Como toda ilha, a Anchieta é especial, porém de extrema fragilidade decorrente de seu isolamento com o continente..........
Essa trilha está no guia de trilhas de São Paulo, com isso ganhei mais um carimbo no meu guia. Valeu a ida, unir conhecimento e prazer nem sempre é possível!!!
Nem sempre as fotografias conseguem dimensionar o que vemos e sentimos nesses lugares, mas ainda é uma das melhores maneiras de registrar um momento especial. Assim, não deixem de ver as fotos na minha página no: http://www.flickr.com/photos/fotos_ado
No próximo mês irei colocar mais.
Abraços à todos.
Já na sede novamente nos deslocamos (de ônibus) para um outro setor do núcleo para conhecer um remanescente de comunidade quilombola e também para fazer uma trilha. Aliás, esse núcleo diferencia-se também dos demais por ter comunidades, caiçara, quilombola e indígena, morando nele decorrente da não identificação das mesmas quando o parque foi delimitado. Na comunidade quilombola conhecemos um engenho de farinha de mandioca, usado pelas famílias que ali vivem, que ainda utiliza tecnologia do Brasil Império. Ver, ouvir e respirar naquele lugar e deixar sua imaginação fluir é capaz voltarmos no tempo!! E é dali que inicia a trilha do Corisco que tem 40 Km de ida e volta, chega até Parati por essa trilha, imaginem!! Claro que não era esse nosso objetivo. Fizemos um pequeno trecho que vai até um pé de jatobá grande, que é usado como referência na trilha pelos guias. O trecho é bem fácil de fazer e não demora mais do que 40 minutos. Na volta paramos para dar um mergulho no rio, o mesmo que é represado para mover o moinho da casa de farinha, que tem uma pequena piscina em meio a grandes rochas. Vale registrar o quão conservada é a mata!! O tempo todo estávamos "cercados" por pássaros cantando, mas pela densidade da mata era difícil conseguir identificá-los.
Na quinta-feira 07/07 o meu grupo se dirigiu para o Parque da Ilha Anchieta. Como na visita feita na terça-feira o interesse de conhecer esse parque é entender como ele se configura para além da sua beleza natural, mas também da história que o lugar guarda. Todo lugar tem sua história, não sendo diferente nesses locais, assim mais do que curtir um dia na natureza sempre é importante sabermos os motivos que levaram a sua preservação. Exercitar isso também é uma maneira de preservá-los!!! De escuna, saindo do Saco do Ribeira, leva uns 40 minutos. Como é um trecho de praias protegidas o passeio é agradável e muito bonito. Chegando na ilha foi feita uma atividade na trilha da Praia do Engenho, que recebe esse nome por na época da ocupação da ilha haver um engenho próximo a ela. É uma praia bem pequena e sua trilha de acesso é de uso intensivo dando para faze-la no máximo em 20 minutos. O destino seguinte foi a trilha da praia do Sul. O trajeto inicial é plano e de fácil acesso, que na verdade é a trilha que leva a pequenina praia das Palmas. Terminado esse trecho começa o de subida que não é muito íngrime, e antes da descida para a praia tem uma parte mais plana. Antes de iniciar a descida, a nossa esquerda, tem o acesso ao mirante, que é um deque de frente para a baía. O meu grupo fez essa passagem na volta, no fim da tarde. O por do sol de lá deve ser especial....... Em menos de uma hora dá para chegar na Praia do Sul, que é pequena como todas na ilha, e de tombo, porém sem aquelas fortes ondas das praias abertas o que nos oferece um ótimo lugar para mergulhar. Aqueles que possuem equipamento de mergulho livre o local é perfeito, pois mesmo sem os acessórios podemos ver peixes próximos ao costão rochoso. A ilha já fora habitada e por anos abrigou um presídio, assim histórias é o que não faltam e se você pegar um guia legal poderá ouvir várias. Na verdade a todo instante percebemos vestígios de sua ocupação tanto de antigas moradias e locais de plantio quanto nos animais provavelmente introduzidos que não se incomodam com a nossa presença. Não será difícil ver saguis, quatis, que tentam filar nossa comida, e tatus da sede do parque até as praias, onde também é possível ver tartarugas. Como toda ilha, a Anchieta é especial, porém de extrema fragilidade decorrente de seu isolamento com o continente..........
Essa trilha está no guia de trilhas de São Paulo, com isso ganhei mais um carimbo no meu guia. Valeu a ida, unir conhecimento e prazer nem sempre é possível!!!
Nem sempre as fotografias conseguem dimensionar o que vemos e sentimos nesses lugares, mas ainda é uma das melhores maneiras de registrar um momento especial. Assim, não deixem de ver as fotos na minha página no: http://www.flickr.com/photos/fotos_ado
No próximo mês irei colocar mais.
Abraços à todos.
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