quinta-feira, 15 de julho de 2010

Unindo o útil ao agradável

Olá.

Na semana passada tive a oportunidade de ser monitor em uma disciplina oferecida pela Faculdade de Educação da Usp no qual me possibilitou trazer mais informes sobre trilhas para o blog.

Na terça-feira dia 05/07 o grupo que acompanhava fez suas atividades no Parque Estadual Serra do Mar - Núcleo Picinguaba. Foi minha primeira vez nesse núcleo que tem como diferencial ser o único trecho desse parque que preserva desde a mata de encosta até a praia. Dessa forma é possível observar os diferentes ambientes da Mata Atlântica sem impactos causados pela urbanização. De cara, recomendo a todos tirar um dia para visitar a sede do parque e pelo menos passar um tempo na praia e ir até o canal, a esquerda de quem está de frente para o mar. Esse canal é formado pelos rios Picinguaba e Fazenda, e foi no segundo que fizemos um passeio de barco (sem motor, remo mesmo!!) com o intuito de observar as formações da restinga e do mangue. Foi uma subida de mais ou menos uma hora e meia com paradas para entrar no mangue, que estava bem firme, e obviamente tirar fotos. A sensação de envolvimento com o entorno era absoluta!! Um rio limpo onde é possível ver animais se deslocando no seu fundo, aves sobrevoando a vegetação, o som do mar e no horizonte uns dos pico mais alto do núcleo, o Cuscuzeiro...........
Já na sede novamente nos deslocamos (de ônibus) para um outro setor do núcleo para conhecer um remanescente de comunidade quilombola e também para fazer uma trilha. Aliás, esse núcleo diferencia-se também dos demais por ter comunidades, caiçara, quilombola e indígena, morando nele decorrente da não identificação das mesmas quando o parque foi delimitado. Na comunidade quilombola conhecemos um engenho de farinha de mandioca, usado pelas famílias que ali vivem, que ainda utiliza tecnologia do Brasil Império. Ver, ouvir e respirar naquele lugar e deixar sua imaginação fluir é capaz voltarmos no tempo!! E é dali que inicia a trilha do Corisco que tem 40 Km de ida e volta, chega até Parati por essa trilha, imaginem!! Claro que não era esse nosso objetivo. Fizemos um pequeno trecho que vai até um pé de jatobá grande, que é usado como referência na trilha pelos guias. O trecho é bem fácil de fazer e não demora mais do que 40 minutos. Na volta paramos para dar um mergulho no rio, o mesmo que é represado para mover o moinho da casa de farinha, que tem uma pequena piscina em meio a grandes rochas. Vale registrar o quão conservada é a mata!! O tempo todo estávamos "cercados" por pássaros cantando, mas pela densidade da mata era difícil conseguir identificá-los.

Na quinta-feira 07/07 o meu grupo se dirigiu para o Parque da Ilha Anchieta. Como na visita feita na terça-feira o interesse de conhecer esse parque é entender como ele se configura para além da sua beleza natural, mas também da história que o lugar guarda. Todo lugar tem sua história, não sendo diferente nesses locais, assim mais do que curtir um dia na natureza sempre é importante sabermos os motivos que levaram a sua preservação. Exercitar isso também é uma maneira de preservá-los!!! De escuna, saindo do Saco do Ribeira, leva uns 40 minutos. Como é um trecho de praias protegidas o passeio é agradável e muito bonito. Chegando na ilha foi feita uma atividade na trilha da Praia do Engenho, que recebe esse nome por na época da ocupação da ilha haver um engenho próximo a ela. É uma praia bem pequena e sua trilha de acesso é de uso intensivo dando para faze-la no máximo em 20 minutos. O destino seguinte foi a trilha da praia do Sul. O trajeto inicial é plano e de fácil acesso, que na verdade é a trilha que leva a pequenina praia das Palmas. Terminado esse trecho começa o de subida que não é muito íngrime, e antes da descida para a praia tem uma parte mais plana. Antes de iniciar a descida, a nossa esquerda, tem o acesso ao mirante, que é um deque de frente para a baía. O meu grupo fez essa passagem na volta, no fim da tarde. O por do sol de lá deve ser especial....... Em menos de uma hora dá para chegar na Praia do Sul, que é pequena como todas na ilha, e de tombo, porém sem aquelas fortes ondas das praias abertas o que nos oferece um ótimo lugar para mergulhar. Aqueles que possuem equipamento de mergulho livre o local é perfeito, pois mesmo sem os acessórios podemos ver peixes próximos ao costão rochoso. A ilha já fora habitada e por anos abrigou um presídio, assim histórias é o que não faltam e se você pegar um guia legal poderá ouvir várias. Na verdade a todo instante percebemos vestígios de sua ocupação tanto de antigas moradias e locais de plantio quanto nos animais provavelmente introduzidos que não se incomodam com a nossa presença. Não será difícil ver saguis, quatis, que tentam filar nossa comida, e tatus da sede do parque até as praias, onde também é possível ver tartarugas. Como toda ilha, a Anchieta é especial, porém de extrema fragilidade decorrente de seu isolamento com o continente..........

Essa trilha está no guia de trilhas de São Paulo, com isso ganhei mais um carimbo no meu guia. Valeu a ida, unir conhecimento e prazer nem sempre é possível!!!

Nem sempre as fotografias conseguem dimensionar o que vemos e sentimos nesses lugares, mas ainda é uma das melhores maneiras de registrar um momento especial. Assim, não deixem de ver as fotos na minha página no: http://www.flickr.com/photos/fotos_ado
No próximo mês irei colocar mais.

Abraços à todos.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Parque Estadual da Serra da Cantareira - Núcleo Engordador

Sábado 26 de junho fomos conhecer essa Unidade de Conservação dentro da capital paulista. Muito legal saber que é possível visitar um espaço como esse em uma das maiores cidades do mundo, não só por preservar a típica vegetação da região, mas também parte da história de sampa.
Se conseguir sair cedo da para chegar lá em menos de uma hora devido ao pouco trânsito. Indo pela Cruzeiro do Sul, ao chegar na Avenida Nova Cantareira já tem placas (de patrimônio) sinalizando, mas também da para ir pelo Fernão Dias. As proximidades do parque é típica de regiões que marcam a transição de área verde com ocupação no entorno, geralmente com bairros pobres e muita gente andando pelas ruas. Para entrar temos que pagar cinco reais por pessoa e mais cinco para o estacionamento. De cara já da para perceber que o parque tem boa estrutura, talvez pela localização, o que possibilita diferentes tipos de passeios como fazer um piquenique perto da sede, andar de bicicleta ou uma caminhada leve na trilha do macuco, utilizada por eles em atividades com crianças. Em meia hora é possível faze-la. Seguimos depois para a trilha da cachoeira que tem aproximadamente três kms, que inícia por um trecho largo e de fácil acesso. O legal dessas duas trilhas é que você não volta pelo mesmo caminho o tempo todo. Na verdade a trilha tem três pequenas cachoeiras. É bom frisar que não é permitido nadar em nenhuma delas. Em duas horas terminamos a trilha, contando as paradas para fotos, lanches e tentativas de observar alguns animais, que por sinal não é difícil vê-los em se tratando de ser um local bastante frequentado. Não deixem de dar uma passada na Casa da Bomba. É uma pequena exposição, mas com enorme objetos, que preserva as primeiras máquinas que foram usadas para bombear a água da cantareira para a região mais central da cidade. Interessante poder ver a tecnologia usada na época. Hoje tudo ali é tombado pelo Condephaat, ainda bem!!! Por isso vale também dar uma espiada na represa e ter noção do quanto a cidade cresceu, além da vista, pois atualmente é necessário represas muito maiores para nos abastecer. De fato, as trilhas revelam toda essa relação com a represa por meio dos enormes canos que atravessam trechos da mata..... Taí mais uma dica de passeio perto e barato!!!
Em breve pretendo postar lugares que já fui, a fim de trazer mais dicas para vocês.

Não deixem de ver as fotos desse núcleo na minha página do flickr: http://www.flickr.com/photos/fotos_ado

Abraços,
Adriano.