Mas, vamos ao que interessa.
Depois de algum tempo retornei ao Parque da Serra do Mar, mais especificamente ao Núcleo Santa Virgínia. Conhecido como o mais estruturado do parque, a entrada do referido núcleo se localiza a alguns metros antes do início da Serra de Taubaté no sentido Ubatuba.
Realmente seria tudo de bom se todos os parques do país tivessem tal estrutura com vestiários para visitantes e uma base de apoio com alojamentos, cozinha e salas de reuniões para equipes de pesquisa bem montados.
A trilha que fizemos é a Pirapitinga com 5,6 km de extensão. Essa trilha mistura trechos bem conservados com outros em regeneração, pontos com declives e proximidade a rios. Não é a toa que o nome dado a trilha seja referente a um peixe encontrado na região...
O início da trilha, próximo a sede do núcleo, possui um pequeno trecho de mata mais aberto decorrente das antigas instalações da fazenda no qual pertencia boa parte da área do núcleo. Por conta disso o trajeto é de fácil acesso. Após o primeiro quilometro de caminhada, a trilha é margeada por um pequeno trecho do rio Paraibuna onde é possível fazer uma pequena parada para apreciar a beleza local, uma vez que a vegetação já apresenta o perfil característico da Mata Atlântica de serra.
Porém, o melhor local para descanso fica mais adiante com uma hora e quarenta de caminhada. Nesse trajeto o terreno fica um pouco mais sinuoso e com subidas e descidas. Mas vale a pena, pois esse principal ponto de descanso é muito legal seja para comer, nadar, fotografar e até dar uma cochilada, porque não! Essa diversidade de opção deve-se a uma grande e bela formação rochosa cortada pelo rio com diversas ranhuras moldadas pela água ao longo dos anos.
Vale a pena dispender meia hora ou quarenta minutos no lugar!!!
A trilha continua muito parecida com o trecho que antecede a chegada na principal área de descanso. A conservação do local pode ser facilmente identificada pela densidade da mata e a presença de animais. Para além das aves que sempre é possível encontrá-las, ou pelo menos de ouvi-las, tivemos a sorte de deparar com uma pequena cobra e sapos durante o percurso.
A trilha termina na parte de baixo da sede do núcleo que pode ser facilmente identificado pelos pontos em regeneração na borda da mata, assim como o solo com gramas similar a parte inicial. Vale destacar que não é preciso ir e voltar pelo mesmo caminho, o que, a meu ver, sempre é mais legal ao fazer trilhas. Para quem está acostumado é uma trilha tranquila e gostosa. Embora no verão as chuvas são frequentes na região, acredito que um banho de rio no ponto principal de descanso deve valer muito a pena.
No dia seguinte tínhamos agendado outra trilha em outra entrada do núcleo. Porém, a chuva inviabilizou o passeio de forma que tivemos que abortá-lo... Mas ficou em aberto o retorno para a região devido aos contatos que fizemos.
Ta aí mais uma dica e até a próxima trilha!