Após longo hiato confesso que é difícil resgatar as postagens com a mesma pegada... Embora não seja espaço para o lado profissional devo admitir que esse tempo foi decorrente do envolvimento no trabalho.
Bem, vamos ao que interessa.
O destino dessa vez foi um lugar próximo. Tão próximo que não dá para acreditar no que encontramos por lá. Simplesmente um resquício de cerrado nas mediações da região metropolitana de São Paulo, o Parque Estadual do Juquery. Situado entre os municípios de Franco da Rocha e Caieiras, o parque possui uma área de pouco mais de 2.000 km quadrados que podem ser percorridos praticamente num único dia. A principal atração é o Ovo da Pata. Ponto mais alto do parque de onde é possível ver parte da Serra da Cantareira e do Pico do Jaraguá.
A sede do parque guarda vestígios daquilo que um dia foi uma fazenda. Construções coloniais - tombadas pelo CONDEPHAAT - se misturam com as típicas instalações de Unidades de Conservação do Estado em um amplo espaço com área de lazer para família e visitantes em geral. O legal do lugar, devido ao seu tamanho, é que uma trilha pode fazer ligação com outras. Assim, decidimos iniciar a caminha até o Ovo da Pata pela trilha dos pitus no sentido do mirante. Esse mirante é uma torre de observação com 20m de altura e 4 platôs que serve como ponto de descanso e observação para os visitantes e de vigia para os guardas, devido a proximidade com a cidade e com os incêndios. Não mais do que 40 minutos são necessários para chegar até o mirante de onde é possível visualizar a entrada do parque e parte das trilhas que o recortam. Pelo caminho se vê vestígios de estruturas que antecederam ao parque como campo de futebol, pista de pouso e pista de cross. Há também dois quiosques e banheiros que funcionam como ponto de apoio ao turista. Esses construídos para o parque.
A torre serviu como um bom lugar para lanche tanto pela sombra que proporciona quanto pela vista. O guarda nos sugeriu seguir para o Ovo da Pata pela trilha da árvore solitária e seguir sentido parte baixa do parque, passando por dois lagos, um deles forma uma pequenina queda d`água em um local que ainda apresenta marcas de ocupação rural, depois seguir por uma subida com eucaliptos do lado esquerdo da trilha já retornando a área de cerrado. A subida até o Ovo pode ser feita por uma trilha mais ingrime que bifurca à direita da trilha principal ou por outra menos ingrime no sentido da trilha principal, porém mais longa devido a sinuosidade. A ideia, segundo o guarda, e que confirmamos, é evitar fazer o mesmo trajeto de ida e volta. Optamos subir pela trilha ingrime. Quero registrar que um pouco antes desse ponto ficamos sob uma forte chuva de verão e quando chegamos ao ponto mais alto o céu estava um pouco encoberto. Mas, não demorou à abrir e assim avistamos todo o entorno.
O peculiar do visual fica por conta do contraste entre a vegetação que resiste, seja pelos paredões das serras, seja pela tímida política de preservação, e a cidade que a subjuga insistentemente. De um lado se avista a Serra da Cantareira com seu contínuo rochoso a perder de vista. Do outro o Pico do Jaraguá. Tão perto que dá a impressão que se pode tocá-lo..... Essa beleza é quebrada pelos bairros carentes que se embrenham entre os morros transformando o verde num colorido sem brilho. Outro detalhe são os presídios. Franco da Rocha abriga diferentes sistemas prisionais ou de reabilitação. Do alto se vê os telhados de construções repleta de pessoas que provavelmente veem o parque por um prisma distinto do nosso...
O peculiar do visual fica por conta do contraste entre a vegetação que resiste, seja pelos paredões das serras, seja pela tímida política de preservação, e a cidade que a subjuga insistentemente. De um lado se avista a Serra da Cantareira com seu contínuo rochoso a perder de vista. Do outro o Pico do Jaraguá. Tão perto que dá a impressão que se pode tocá-lo..... Essa beleza é quebrada pelos bairros carentes que se embrenham entre os morros transformando o verde num colorido sem brilho. Outro detalhe são os presídios. Franco da Rocha abriga diferentes sistemas prisionais ou de reabilitação. Do alto se vê os telhados de construções repleta de pessoas que provavelmente veem o parque por um prisma distinto do nosso...
Como não se bastasse a dificuldade natural de tirar a ferrugem dos meses sem caminhadas, na volta antes de passar pelo campo, uma nova chuva, agora com granizo nos compeliu a se proteger nos quiosques. Após a chuva seguimos pela trilha que vai até os lagos. Um deles é bem grande e com certeza o mais bonito. Dizem que dependendo do horário é possível avistar alguns animais se banhando ou bebendo água. Aliás, embora pequeno, o parque abriga algumas espécies de animais como veado, onça parda e outras típicas de cerrado. O que denota sua importância na região. Em um dos pontos da trilha encontramos o que provavelmente venha a ser pegadas de jaguatirica.
De acordo com as informações esse trajeto feito para ir e voltar ao Ovo da Pata tem em torno de 14km.
Se estiver a fim de um passeio perto e sem gastar muito, o Parque do Juquery é um ótima opção. Vale registrar que é também um bom lugar para bikes!
Abraços e até a próxima trilha!!!