Bem, não poderia deixar o carnaval passar sem nenhum registro. Primeiro gostaria de me desculpar em demorar para postar algo do carnaval, mas estive muito ocupado......Mas, como aqui não é para falar de trabalho, vamos lá!!!
Nada de uma viagem para um parque, mas a quarta-feira de cinzas proporcionou tantas emoções quanto uma viagem longa........sem fazer nenhum trocadilho com o enredo da escola de samba campeã do Rio de Janeiro.
O bate volta foi na Pedra do Baú em São Bento do Sapucaí. Mais uma vez nada de trocadilhos carnavalescos!!! Bem, o título desse post diz tudo e logo de cara passamos a saída de São José dos Campos que liga a estrada até o sul de Minas, o que nos proporcionou pelo menos uns 40 minutos a mais de viagem. Não tem sinalização na Dutra, você tem que pegar a saída 147 sentido Rio e seguir as placas sentido Monteiro Lobato, São Francisco Xavier e sul de Minas. É um caminho gostoso e de Monteiro Lobato para São Bento a estrada tem trechos ruins.
A cidade é bem aconchegante e pequena. Para o complexo do Baú é só seguir as placas e pegar uma serrinha de mais de 20 km. É um passeio gostoso e já é possível ver o complexo no caminho. Essa estrada vai sentido Campos do Jordão e no final da serra tem o acesso ao complexo do Baú. Bem, de cara vimos que a coisa não estava boa. Havia muita lama, mas fomos mesmo assim. Após a primeira subida tinha uma faixa informando dos riscos de atolamento. Mas, como estávamos nela resolvemos seguir e na primeira descida o carro patinou. Andamos mais um pouco e decidimos retornar enquanto era tempo.... No final da subida, a mesma em que derrapamos, o carro patinou e ficou. Para piorar começou a chover. Não passava ninguém e quando já era certa nossa caminhada até a estrada apareceu um cara de moto. Trocamos uma ideia do que fazer e como ele tinha desistido de ir até onde precisava resolveu nos ajudar. Foi nossa salvação, porque ele deu vários toques de como sair com o carro. No final ele e o Zetti (amigo que foi junto) conseguiram empurrar o carro.........ufa!!!
Até aí já estava retornando sentido à cidade, mas pensamos e achamos que deveríamos ir a pé mesmo, já que era apenas 4 km. Deixamos o carro num recuo que tem na estrada e seguimos atolando os pés na lama. Depois de uma hora e meia de caminhada, chegamos em uma propriedade que tem um restaurante chamado Santo Bento. Estava tudo fechado, assim como a casa próxima a ele. Até aí tudo bem, mas da varanda da casa apareceram dois rotweillers. Um deles começou a latir e veio correndo em nossa direção...........merda!!! Tivemos que retornar. Paramos numa propriedade vizinha para perguntar se isso era comum e as crianças disseram que sim........... Só nos restava voltar....... O desanimo bateu!!! Porém, depois de uns 20 minutos de caminhada uma Hilux veio em nossa direção. Eles pararam para perguntar como estava o resto da estrada. Dissemos que o pior já tinha passado. Aproveitamos para perguntar se eles iam para a pedra, falamos da nossa situação e pedimos uma carona. Subimos na caçamba e passamos por aquela propriedade com vontade apedrejar os cachorros, um deles, veio para cima do carro..... Era um casal gente fina: Eugenio e Marcela. Ela é Chilena e estavam passando o carnaval em Campos e decidiram ir até lá porque a quarta-feira foi o dia mais limpo do feriado.
Fomos até o Bauzinho. Do estacionamento até lá em 10 minutos é possível chegar. A vista é bela e apesar das dificuldades valeu a pena ter mantido a meta, rsrs. Tivemos que ficar pouco por causa do tempo e já passava das quatro horas.
Bem, mas a aventura não tinha terminado. Mesmo sendo um 4x4 a Hilux teve momentos difíceis e em um deles, numa subida, o Eugenio teve que brecar por causa de uma vaca, aí a caminhonete patinou e ficou na calha da estrada. Colocamos madeiras nas rodas, mas o carro não subia para o meio da estrada. Mais uma vez fomos salvo por um motociclista. O pessoal lá já sabe o que fazer nessas situações. Tivemos que empurrar o carro de lado para ele voltar para a estrada e sempre acelerando...........
O Eugenio e a Marcela nos deixou na estrada e no fim das contas foi bom para eles terem nos dado carona porque ajudamos a empurrar a caminhonete. O lugar é bonito e vale a pena voltar para subir na Pedra do Baú um dia quando o tempo estiver bom. Mas, apesar de tudo valeu a pena passar por essa experiência e ver que nem sempre tudo está perdido nesses passeios e o mais importante é estar com alguém ou pelo menos saberem onde você está. Aproveitando, fica a dica do filme 127 horas!!! Outra coisa que queria ressaltar é sobre a importância de transformar esses lugares em Unidade de Conservação, o que pode ajudar muito nas informações sobre como ir, acesso, segurança e até evitar por menores como cachorros que atacam turistas.
É isso, abraços e até a próxima!!!!